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Inúmeros povos antigos, separados no tempo e no espaço, registraram a existência dos seres da Natureza, tanto dos pequenos como dos grandes regentes, denominados “deuses”. De onde teria vindo esse saber? Por que está extinto na época atual? O que há de verdade nisso? (http://on.fb.me/1kFqxkS).
Os historiadores de hoje ficam perplexos ao constatar que os deuses venerados nas inúmeras culturas de tempos antigos eram, na verdade, sempre os mesmos. Ficam intrigados com esse fato e supõem ter existido uma fonte religiosa comum, de onde teriam derivado todas as crenças em divindades. O pesquisador J. Garnier escreveu: “Não apenas os egípcios, os caldeus, os fenícios, os gregos e os romanos, mas também os hindus, os budistas chineses e tibetanos, os godos, os anglo-saxões, os druidas, os mexicanos, os peruanos, os aborígenes e até mesmo os selvagens dos mares do sul, devem todos ter derivado suas ideias religiosas de uma fonte comum e de um centro comum. Em toda parte deparamo-nos com as mais surpreendentes coincidências nos rituais, nas cerimônias, nos costumes, nas tradições, e nos nomes e nas relações de seus respectivos deuses e deusas.”
Quando o raciocínio ainda não havia estabelecido seu reinado tirânico sobre a Terra, os seres humanos podiam ver esses prestimosos entes e se comunicar com eles, os quais muito colaboraram nos períodos iniciais do desenvolvimento humano. Mas depois que a sua vontade se voltou exclusivamente para a matéria, surgiu um abismo entre essas duas espécies da Criação, como decorrência natural da lei da adaptação, e a interação com os enteais se extinguiu. Os seres humanos ficaram então totalmente “adaptados” à matéria mais grosseira, nada mais podendo perceber das camadas mediana e fina dessa mesma matéria, onde vivem e atuam esses seres.
Na própria Bíblia, há inúmeros relatos da atuação dos enteais. Em relação a eventos da natureza, por exemplo, diz Davi nos salmos: “Fazes a teus anjos ventos, e a teus ministros labaredas de fogo” (Sl104:4). No livro apócrifo de Jubileus, que é quase uma cópia do Gênesis, está dito que no primeiro dia da Criação o Senhor criou anjos do espírito do fogo, dos ventos, das nuvens, da neve, das vozes do trovão e do relâmpago, do frio e do calor. São os enteais que provocam efeitos meteorológicos segundo as leis estabelecidas pelo Criador para a matéria grosseira, portanto em conformidade com Suas ordens: “Ele ordenou às nuvens do céu e abriu as portas do céu; (…) fez soprar no céu o vento leste e com seu poder trouxe o vento sul” (Sl78:23,26).
O Gênesis também afirma que “naquele tempo havia gigantes na Terra” (Gn6:4), indicando assim que uma classe especial de enteais, os gigantes, eram normalmente visíveis e reconhecíveis pelos seres humanos naquelas eras longínquas. Sobre o tamanho desses gigantes, em comparação com os seres humanos, é digno de nota o relato dos homens enviados por Moisés a espiar a terra de Canaã: “Lá vimos até gigantes, os descendentes de Enac, da raça dos gigantes. Comparados com eles parecíamos gafanhotos, e era assim que eles nos viam” (Nm13:33). Fílon de Alexandria, filósofo do século I da nossa era, afirmava que esses gigantes não eram nenhum mito.
Um outro tipo de enteais, também muito conhecido na Antiguidade, são os que cuidam das crianças boas até o despertar do espírito. Reminiscências desse saber perdido sobrevivem nos quadros e temas que mostram anjos da guarda junto ao berço dos bebês (muito comuns no século XVII), assim como também neste salmo: “Ele ordenou aos seus anjos que te guardem em teus caminhos todos. Eles te levarão em suas mãos, para que teus pés não tropecem numa pedra” (Sl91:11,12). No século V a.C., Platão já falava da existência desses anjos da guarda, e muito tempo depois, no século IV d.C., o famoso São Jerônimo afirmava que esses anjos eram dados aos seres humanos quando de seu nascimento. Estes seres não são anjos, mas sim guardiões das crianças boas durante alguns anos. Para cada faixa de idade há um enteal específico, tanto para meninas como para meninos (http://on.fb.me/1oFn7B1).
Texto completo: http://bit.ly/enteais.
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