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Desde longos tempos o sentimento do amor é simbolizado pela rosa. Porém, aquilo que na época atual se entende por amor não guarda mais nenhuma relação com a imagem evocada por essa bela flor.
No que se transformou nos dias de hoje, por exemplo, o conceito de amor ao próximo?… Virou um amor complacente, falso e pegajoso, voltado quando muito para anestesiar a dor de quem errou, mas sem manifestar preocupação em desvendar a causa real do sofrimento, o que infalivelmente força o retorno dessa mesma dor, sempre e sempre de novo.
É um amor pronto a distribuir esmolas aos desvalidos, mas não sem antes lhes subtrair o tesouro da dignidade; um amor que se apressa a enxugar as lágrimas do sofredor, mas apenas para que este possa enxergar mais claramente o sorriso de seu consolador. O atual amor ao próximo pode, sim, proporcionar um alívio momentâneo, mas a um custo muito alto, a um preço demasiadamente caro: o da infelicidade permanente.
Amor ao próximo não é isso, não pode ser isso. Nunca. Amor mesmo, amor verdadeiro ao próximo, é dar a ele, antes de mais nada, aquilo que lhe é de fato “útil”, pouco importando se isso lhe causa ou não alguma alegria efêmera. Amor verdadeiro é mostrar de forma clara, até mesmo contundente se for preciso, os erros cometidos, os quais sempre retornam ao gerador na forma de sofrimentos intermitentes. É amparar na travessia do árduo caminho do reconhecimento das faltas e dar apoio irrestrito àquele que se esforça sinceramente em suplantar suas fraquezas.
Sim, porque unicamente o reconhecimento pessoal da atuação errada, implacável e abrangente, é capaz de levar alguém a mudar a sua sintonização interior. E tão somente essa voluntária mudança de sintonia íntima pode interromper de vez o ciclo aparentemente sem fim do sofrimento contínuo. O legítimo amor ao próximo nunca se mostra desvinculado da justa severidade (http://on.fb.me/1JhgCLz).
O amor verdadeiro, severo, abre para o próximo, a duras penas, o portal para a conquista da felicidade, enquanto que o falso amor passa sobre este, sem esforço, um ferrolho inamovível. A atuação do primeiro é permeada de obstáculos, dificultada por forte incompreensão e intensa crítica o tempo todo, enquanto que a do segundo é aplainada com carinho, incentivada por aprovações sorridentes e elogios inconsequentes.
Vamos procurar amar nosso semelhante segundo dispõe as leis desta Criação, que requerem um amor legítimo, severo, que vise ao bem do próximo em sentido amplo, profundo, espiritual, e não voltado apenas para a concessão de meros paliativos terrenos.
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