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Assim como tudo quanto é errado, o falar leviano acarreta igualmente consequências danosas. Semelhante desleixo constitui um dos muitos pendores que sobrecarregam a alma humana, isto é, algo que fica realmente “dependurado” na alma, e que a faz afundar por efeito da Lei da Gravidade Espiritual (http://on.fb.me/1RjI2At).
Sobre isso, Tiago repetiu a advertência do Mestre à sua comunidade: “Que o vosso sim seja sim, e que o vosso não seja não, para não incorrerdes em condenação” (Tg5:12). Jesus também já advertira que as consequências do falar leviano teriam de ser arcadas integralmente pelo autor, visto tratar-se de uma culpa que reclama resgate de algum modo, como qualquer outro tipo de pecado: “Digo-vos que toda a palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo.”(Mt12:36)
Só por aí já se vê como é errado e danoso o linguajar estéril dos jovens de nossos dias, constituído quase que exclusivamente de gírias e monossílabos, praticamente demandando um intérprete para se poder entendê-los.
É verdade que o idioma não é fixo, mas sua mobilidade tem de ser guiada sempre no sentido ascendente, e não voltada para uma pretensa simplificação, que nada mais é do que um enfraquecimento. Ser simples não é ser simplista nem simplório, e sim ser claro. Já o surgimento de dialetos numa nação é um sinal muito grave de enfraquecimento do idioma, com consequências nefastas para o povo inteiro.
Os alemães sabem muito bem o que isso significa. Pouco antes de Martinho Lutero (1483 – 1546) lançar sua Bíblia, em 1522, a Alemanha encontrava-se ameaçada de cisão territorial como consequência justamente do uso de dialetos (pelo menos cinco). O Novo Testamento achava-se impresso em catorze versões diferentes.
Lutero recusou a ideia de lançar sua Bíblia num dos dialetos vigentes, ou mesmo nalgum pobre alemão. Preferiu a forma íntegra e rica da antiga língua alemã, obrigando o povo a ler a Bíblia em seu idioma verdadeiro. Ele queria que todos os alemães compreendessem muito bem a sua Bíblia, pois acreditava que os cristãos não precisavam de nenhuma mediação da Igreja.
Os alemães tiveram de estudar novamente o alemão para lê-la, e com isso deixaram de lado os dialetos com sua linguagem inexpressiva. O resultado foi que a Bíblia de Lutero, cuja primeira edição data de 1534, acabou contribuindo para manter a pátria alemã unificada.
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