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Há uma palavra que sintetiza o modo pelo qual este mandamento é descumprido não só pelas pessoas individualmente, mas também por povos e nações: inveja. É na inveja que reside a transgressão mais imediata deste singelo mandamento transcrito por Moisés:
“Não cobiçarás casa, propriedade e gado do teu próximo, e tudo o que lhe pertence!”
Não cobiçarás! Não desejarás para ti o que pertence a outro! A inveja passa como um rolo compressor por cima dessa exortação e corrói a alma humana desejosa de possuir o que não é seu. E essa corrosão dá origem a desentendimentos e desavenças, revoltas e revoluções, conflitos e guerras.
Quem, movido de inveja, procura obter para si aquilo que vê sendo desfrutado por seu semelhante, sempre o fará desobedecendo ao décimo mandamento, porque a inveja já constitui a própria desobediência. Por conseguinte, ele sempre o fará pecando. Tudo aquilo que tal indivíduo obtiver desse modo pouca alegria lhe trará, jamais será feliz assim. A não ser que considere felicidade despertar ainda mais inveja nos indivíduos de sua igual espécie.
Cada um de nós vive nas condições por nós mesmos geradas. Vivemos dentro da situação terrena tecida automaticamente pelo tear do destino, mediante os fios que fornecemos continuamente com nossas intuições, pensamentos, palavras e ações. E isso ao longo de várias vidas, tanto no aquém como no além. Só quem desconhece ou não aceita a verdade da reencarnação pode supor que haja alguma injustiça na distribuição das condições materiais de cada um (http://on.fb.me/1Iibnfz).
As condições materiais em que vivemos nos dão a base, justamente, para vivenciarmos o que ainda precisamos com vistas ao nosso amadurecimento e evolução espiritual. Devemos nos sentir gratos e reconhecidos por isso, pois tesouro mais precioso do que o desenvolvimento espiritual não existe.
Todos nós, em alguma vida, já exercemos uma posição influente qualquer, ou fomos terrenalmente abastados. Também esse tipo de situação constitui parte do aprendizado contínuo do espírito. Por isso, além de ser errado, além de ser pecado, é uma tolice imensa invejar os que hoje detêm posses licitamente auferidas, os quais em outras vidas talvez já tiveram de experimentar sérias necessidades, possivelmente no tempo em que nós mesmos passávamos muito bem, regiamente aquinhoados de bens materiais.
Não há nada de errado, evidentemente, em desejar uma situação terrena melhor e lutar por isso, desde que tal esforço não se dê por inveja e nem seja considerado como a finalidade última da existência. O esforço real, primordial, tem de ser sempre o do aprimoramento do espírito. Esforço em melhorar continuamente como seres humanos, a fim de que possamos retornar um dia à nossa verdadeira pátria, a espiritual, da qual saímos em tempos imemoriais como sementes ainda não desenvolvidas, tal como descrito na parábola do filho pródigo (http://bit.ly/1Hzf0IF).
(Texto baseado na obra “Os Dez Mandamentos e o Pai Nosso”, de Abdruschin: bit.ly/Mandamentos-OGT. Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)
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