Tempo de leitura: 3 minutos
O que leva alguém a ter sorte ou azar na vida? De ondem vêm os reveses e os assim chamados “golpes de sorte”? Nascer com uma “boa estrela” seria algo puramente aleatório e acidental?…
O objetivo primordial do ser humano na Terra é aprender com as vivências que a vida encerra e, com isso, evoluir espiritualmente. Tão somente essa necessária evolução lhe permitirá um dia ascender até a sua pátria espiritual e angariar a coroa da vida eterna. Este é o supremo alvo de cada semente espiritual humana plantada na materialidade.
As experiências que o indivíduo necessita para amadurecimento, o próprio destino se encarrega de trazer na forma vivências, numa quantidade e intensidade ajustadas à maneira como ele mesmo se colocou antes diante das disposições que regem o Universo. São os resgates, bons ou maus, advindos da Lei da Reciprocidade (http://on.fb.me/1fojJ8D), automaticamente acionada nesta ou em outras vidas pelas ações, palavras, pensamentos e sentimentos.
Se uma pessoa andou por caminhos errados, então encontrou vivências que deveriam fazê-la refletir e redirecionar sua trajetória de vida. O fato de essas experiências não terem sido agradáveis não é relevante, e tal pessoa deveria, na realidade, agradecer por elas, pois lhe trouxeram a possiblidade de retomar a perdida senda de sua evolução espiritual. Não se trata, portanto, de “azares” da vida, como geralmente são vistos. Jesus mencionou essa circunstância na parábola do filho pródigo (http://bit.ly/1Hzf0IF). Contudo, se mesmo assim essa pessoa preferir continuar no caminho errado, evidentemente nunca poderá atingir o objetivo supremo de seu espírito, que é a obtenção da vida eterna. Nesse caso, ela mesma não quis. Continuará a se deparar com “azares” na vida, sempre e sempre, sem que isso lhe proporcione a necessária reflexão e mudança de rota.
Vivências agradáveis e boas podem, naturalmente, decorrer de bons retornos cármicos, porém, mesmo aqui, se o indivíduo não aproveitá-las no sentido certo, ele corre o risco de afastar-se do caminho da evolução, ao deixar-se arrastar pela indolência e pela comodidade.
Se já existe na alma humana um pendor para a preguiça espiritual, então uma vida terrena fácil e tranquila torna-se um grave empecilho ao desenvolvimento e amadurecimento. Por isso, e somente por isso, Jesus aconselhou aquele jovem rico a se desfazer de sua fortuna. Na época atual, se alguém com essa característica de indolência íntima ganhar muito dinheiro de forma inesperada, então isso configura uma situação agravante para a sua condição espiritual, e não atenuante. Tal pessoa precisará desenvolver esforços multiplicados para não se deixar seduzir pela comodidade que o excesso de recursos tende a oferecer. Ela terá de movimentar-se com muito mais intensidade para não dormir de vez espiritualmente e, assim, fazer com que seu dinheiro traga um movimento útil à Criação. Do contrário, o resultado será apenas estagnação e retrocesso, mas nenhum progresso verdadeiro.
Eventos fortuitos de menor importância podem eventualmente ocorrer na vida de cada um, mas nada que acarrete uma impressão tão forte que possa ser considerada uma vivência. Vivências, na acepção da palavra, são somente aquelas experiências que deixam marcas profundas na alma, indeléveis, oriundas da reciprocidade, e que, portanto, passam a pertencer de fato a um espírito humano em trânsito pela Terra, a ponto de ele poder levá-las consigo quando deixar este mundo.
Somente quem se coloca de maneira certa em relação às leis universais (http://on.fb.me/1MkBS4L) consegue atenuar maus efeitos recíprocos de atos passados e modelar para si mesmo bons efeitos recíprocos para o futuro. Bons efeitos recíprocos reais, úteis do ponto de vista espiritual… E isso nada tem a ver com sorte, mas sim com o empenho em viver em conformidade com a Vontade do Criador.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: http://bit.ly/ogt-catálogo.)