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Ao longo de muitos milênios, o ser humano afastou-se cada vez mais de seu Criador, e com isso perdeu a capacidade de conhecer e reconhecer a Vontade Dele, expressa na forma de leis inflexíveis que mantêm e sustentam toda a obra da Criação. Desse modo, abriu mão voluntariamente do maior apoio que lhe estava previsto, que lhe fora destinado com tanto amor, encontrando como consequência apenas dor e sofrimento, justamente o contrário do que essas leis preconizavam para ele em sua peregrinação pelos mundos materiais.
Uma das maiores transgressões por ele cometidas foi em relação à expressão pela linguagem, a palavra humana. Tão displicentemente pecou e continua pecando nesse sentido, que hoje é até difícil formarmos uma noção aproximada do tamanho dessa violação e de suas consequências.
Falamos demais, em hora imprópria e em locais inadequados, de maneira inoportuna e frequentemente dissociado do que vibra em nosso íntimo. Tudo isso acarreta um grave efeito cármico negativo, que nos faz afundar espiritualmente (on.fb.me/1YzltLG), pouco importando se temos ou não consciência disso.
Diz Abdruschin em sua obra Na Luz da Verdade, a Mensagem do Graal (bit.ly/Mensagem-OGT): “Atentai à vossa palavra! Não faleis apenas por falar. Falai somente quando, onde e como for necessário! Deve haver nas palavras do ser humano um reflexo do Verbo de Deus, que é vida e que permanecerá eternamente vida.”
Um reflexo do Verbo de Deus… um reflexo da Palavra Viva! Quão longe, porém, estamos dessa preconizada atividade. Basta lembrar quantas vezes falamos algo distinto do que dita a nossa vontade interior. Só isso já é plenamente suficiente para nos trazer desgraças multiplicadas pela efetivação da Lei da Reciprocidade (bit.ly/LQ15603). Imensa hipocrisia é dizermos coisas belas enquanto sentimos coisas feias, e enorme estupidez é supor que dessa atuação malsã poderá nos advir algo de bom. Semeamos cardos e esperamos que nos floresçam rosas…
Continua Abdruschin na Mensagem do Graal: “As palavras que formais, as frases, moldam vosso destino exterior sobre a Terra. São como sementeiras num jardim que cultivais em redor de vós, pois cada palavra humana pertence ao mais vivo que vós podeis fazer em vosso favor nesta Criação.”
Nosso destino exterior neste planeta é moldado pelas nossas palavras, pelo nosso modo de falar. Se pudermos compreender isso acertadamente, então seremos muito mais cuidadosos com nossa linguagem, sem maiores esforços. E quando dirigirmos a palavra ao nosso semelhante, será unicamente no sentido construtivo, seja para eliminar algum mal-entendido, para confortá-lo numa vicissitude qualquer, para enaltecê-lo por uma boa ação, para encorajá-lo numa dificuldade, ou até para admoestá-lo quando necessário. Não importa. Se nossas palavras brotarem do amor, elas edificarão onde quer que encontrem um solo propício, e germinarão também ao nosso redor em jardins multicolores.
Um antigo ensinamento sumeriano afirma: “As palavras formadas pelos seres humanos devem assemelhar-se a correntes de pérolas de ouro, que alegram e enfeitam o próximo.” *
Enfeitemos, pois, nossos semelhantes sempre com essas correntes de pérola, pois estaremos assim semeando felicidade, disseminando dádivas, e nos efeitos da reciprocidade nossa alma será também ricamente adornada de bênçãos.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)
*Extraído de O Livro do Juízo Final (bit.ly/Juízo-OGT), de Roselis von Sass.