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Hoje tudo é efeito retroativo, tudo é decorrência cármica, nada ocorre sem uma razão muito bem definida. As pessoas em posições de governo ou de liderança, de acordo com sua espécie e sem mesmo o saberem, trazem de volta o retorno da reciprocidade para uma nação, um povo, e até para toda a humanidade. Elas não ocupam essas posições por acaso. Provocam os acontecimentos adequados, que devem realizar-se de acordo com a Lei da Reciprocidade. Quando não preenchem mais sua finalidade, são afastadas das posições importantes. Diante disso nada vale o poder humano, o querer humano, os tantos acordos, iniciativas, contratos e conchavos. Nenhuma ação desse tipo subsiste, tudo vira pó.
Por isso, é também um grande erro quando alguém alimenta revolta dentro de si contra certos atos e atitudes de um dirigente, pois essa mesma Lei da Reciprocidade lhe trará igualmente de volta – a ele, o gerador – tudo o que ele próprio produziu com seus sentimentos, pensamentos, palavras e atos. A Lei não faz nenhuma diferenciação sobre suas motivações, nenhuma distinção. É tudo muito simples. A Justiça divina prescinde da “cooperação” da mão humana nesse processo, e identicamente da visão curta das criaturas humanas sobre o entrelaçamento dos fios de retorno cármico coletivo. Cada pessoa é a única responsável pelos seus atos, inclusive aquelas que são conduzidas a posições proeminentes em razão de sua índole. Ninguém precisa se preocupar especialmente com isso, pois a atuação das leis universais é automática e infalível. Inexorável para todos. Cada um deve preocupar-se é com seus próprios atos e pensamentos, tão somente.
Sim, entende-se perfeitamente quando uma pessoa de caráter íntegro se vê perplexa, pasma, e até mesmo indignada em relação a determinadas atitudes inconcebíveis de líderes. No entanto, não deve nunca permitir que isso se transmute numa repugnância descontrolada dentro de si (bit.ly/33v2A8F), do contrário se tornará mais um foco gerador de pensamentos e sentimentos de ódio, contribuindo para aumentar o caos no mundo. E o retorno dessa atuação nefasta também a atingirá, seguramente.
Alguns trechos da Mensagem do Graal de Abdruschin (bit.ly/Mensagem-OGT) nos ajudam a compreender a razão de haver pessoas de características tão negativas em posições de influência e liderança em nossa época de prestação de contas:
- Sobre a influência exercida por pessoas que falam em demasia: “O amadurecimento para a colheita traz também consigo, naturalmente, mostrando a severa lógica dos efeitos das leis divinas, que agora, no fim, os maiores palradores devem obter a mais forte influência e o maior poder, como ápice e frutos do constante emprego errado da palavra, cuja misteriosa atuação a tola humanidade não mais pôde conhecer, porque desde muito se fechou para esse saber.”
- Sobre cargos ocupados por indivíduos desprezíveis: “Mas se os seres humanos vivessem de acordo com o verdadeiro amor, conforme é desejado por Deus, então essa circunstância unicamente daria a alavanca para modificar muito entre as criaturas humanas, sim, tudo! Então nenhuma pessoa interiormente desprezível conseguiria persistir mais, ainda menos ter sucessos aqui na Terra. Dar-se-ia imediatamente uma grande purificação. Pessoas interiormente desprezíveis não usufruiriam honras terrenas, nem ocupariam cargos, pois saber do raciocínio, unicamente, não deve dar direito a exercer um cargo!”
- Sobre o domínio exercitado pelos mestres dos nossos pecados: “O poder da reciprocidade ergue agora os mestres de vossos próprios pecados ao ápice, pairando a ameaça de serdes esmagados por isso, para que no reconhecimento finalmente vos liberteis disso ou nisso pereçais.”
Esses agentes da reciprocidade trazem de volta a colheita do carma coletivo correspondente, na forma exata que o conjunto dos atingidos semeou outrora para si com seus atos, pensamentos e intuições.
A melhor, senão a única maneira de fazer frente a isso, é mudarmos integralmente nossa sintonização interior, de modo que a nossa vontade e os decorrentes pensamentos sejam sempre puros. Só assim cada qual pode forjar para si um futuro mais ensolarado, mesmo que muitos à sua volta continuem a fazer questão de produzir fios horríveis pelo seu modo de ser, com os quais o tear da Criação terá de lhes tecer um pavoroso tapete de destino.
Assim é. Assim se desenrola parte do atual processo do Juízo Final, em sua última fase. No entanto, mesmo com esse conhecimento, com esse reconhecimento da atuação implacável da Lei da Reciprocidade e a plena certeza de que novas ondas pesadíssimas se abaterão sobre a humanidade, superpondo-se continuamente, porque a raça humana forçou isso com seu querer malévolo milenar, mesmo assim é compreensível o sentimento de consolo que invade algumas pessoas boas, o suspiro de alívio que elas dão, o alento temporário que buscam tomar quando uma dessas ondas globais especialmente trevosa cessa, por fim, suas atividades.
Roberto C. P. Junior
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