Tempo de leitura: 2 minutos
Qual o sonho dourado da maior parte das pessoas que trabalham já há algumas décadas? Aposentar-se, certamente. Poder desfrutar a vida sem precisar acordar cedo todos os dias, sem ter de aturar nenhum chefe, ser dona do próprio nariz.
A cena seguinte desse sonho coletivo geralmente mostra uma calma pescaria sob uma árvore frondosa, ou um hotel aconchegante numa praia tranquila, talvez também um navio de cruzeiro prestes a zarpar. Nos casos mais simples, uma rede ou uma poltrona. Sentar para fazer o que quiser, ou para não fazer nada. Aposentado após sentado… Deixar a vida passar. Isto é o que almeja a maioria depois de uma vida inteira de trabalho.
Mas esse sonho, nesta forma, não é nenhum sonho, e sim um pesadelo não pressentido, que frequentemente só termina com a morte. Sim, porque tal maneira de (não) agir abrevia a vida. Não é coincidência nem acaso a ocorrência de tantas mortes, aparentemente prematuras, pouco depois da conquista tão acalentada da aposentadoria, nos casos em que esses aposentados se tornam realmente administradores da inatividade, sem mais nada querer da vida. Ao desejarem aproveitar o resto da vida para descansar, eles, sem o saberem, a encurtam de vez. Na verdade, acabam se aposentando da própria vida.
Isso acontece porque eles transgridem uma diretriz básica da Criação: a lei do movimento (http://on.fb.me/1aBScOn). Essa lei estabelece que só pode ser conservado íntegro, e mantido sadio, aquilo que se movimenta. Isso vale para tudo na vida. Para a criatura humana vale tanto para seu espírito como para seu corpo.
Se a vida se tornar um “dolce far niente” perpétuo, advém logo a estagnação e a doença, pois outra coisa não pode surgir com o fim da movimentação.
Uma vida sem movimento é uma vida sem utilidade, e como já dizia Goethe, “uma vida sem utilidade é uma morte antecipada”. Ao contrário do que parece, a boa-vida não é uma vida boa. Inclusive, ou melhor, especialmente, no campo espiritual. Se a falta de movimentação do corpo terreno traz doença e morte, o mesmo se verifica com o espírito humano. Um espírito humano estagnado, que não se anima em tomar o caminho de sua própria evolução, contentando-se com uma aposentadoria dogmática qualquer, também acabará sucumbindo, por descumprimento dessa mesma lei do movimento.
Movimente-se com energia o ser humano, espiritual e terrenamente, sempre e sempre, da forma que lhe for possível. A vida não termina com a morte, e do outro lado só progride quem aqui na Terra já havia se ajustado à lei do movimento.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: http://bit.ly/18h6hxk.)