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O sonho de consumo de tantos… Sonho de todos ou quase todos que exercem atividade remunerada. E quem não quer? Quem não gostaria de trabalhar apenas naquilo que gosta? De fazer somente o que lhe dá prazer e ainda ganhar por isso? Alguém já disse certa vez que esse estado só é alcançado por alguns privilegiados professores de filosofia, agraciados em poder ler e estudar somente o que gostam em tempo integral.
Mas, de modo geral, a realidade não é mesmo muito rósea para a maioria. Até para os bem vocacionados, que nunca tiveram dúvidas sobre que profissão seguir, a labuta cotidiana costuma passar longe das imaginações construídas nos bancos escolares. Além disso, o remédio certeiro para essa enfermidade – “gostar do que se faz” – não é muito fácil de tomar e nem se conhece a dosagem certa para cada um.
Melhor seria procurar “gostar do que se faz bem feito”. Aí sim, o remédio vai funcionar muito bem, sem contraindicações nem efeitos colaterais. Elaborar algo bem feito sempre traz satisfação, mesmo quando não é fruto de antigos anseios e de sonhos escondidos. Não é preciso gostar do que se faz para fazer bem feito, mas o contrário: faça bem feito e você vai gostar do que faz!
Quando nos esmeramos em fazer um trabalho bem feito, a recompensa advém automaticamente, não necessariamente em termos financeiros, mas pela sensação de termos contribuído com a nossa capacidade máxima. O nosso melhor ajuda a tudo melhorar. Melhora o ambiente, melhora o mundo. O valor de um trabalho não está naquilo que é produzido, mas na maneira como é feito (on.fb.me/1Mzpg9a).
A sensação do dever realizado, da tarefa bem cumprida, é uma das mais plenas que o ser humano pode experimentar. Ela transcende a vida material, pois equivale a uma oração de agradecimento. Um agradecimento vivo da criatura ao Criador, por ter conseguido transformar uma dádiva em ação, uma capacitação em bênção, uma aptidão em proveito de seu ambiente e de seu próximo. É o talento que dá juros sobre juros. O que estava latente, dormente, acordou para a vida pelo trabalho realizado com dedicação.
Foi a própria pessoa, porém, que tornou esse encantamento possível para si, ao cumprir a Lei do Movimento (on.fb.me/1aBScOn). E essa lei também poderá levá-la, quando o tempo para isso tiver chegado, a uma atividade que lhe renderá ainda mais satisfação e alegria, pois ela nunca deixou de fazer a sua parte no processo, ou seja, de realizar o seu trabalho com o máximo empenho de que era capaz. Foi exatamente a sua dedicação sem reservas que pôde lhe reservar um trabalho mais cheio de vida, para uma vida ainda mais plena.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)