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Movimento é uma lei básica do Universo (bit.ly/2BzreXZ). Só o movimento contínuo conserva algo saneado e útil. Assim é com o corpo, assim é com a alma, assim é também com o espírito da criatura humana. Esta só se desenvolve quando se mantém integralmente em movimento, num rigoroso equilíbrio entre o dar e o receber. Do mesmo modo, a saúde plena só é alcançada quando o espírito humano e seus dois invólucros básicos: a alma e o corpo físico, se mantêm em movimentação permanente (on.fb.me/1hpdomG).
O corpo precisa ser observado com cuidado e tratado com equilíbrio em tudo. É indispensável uma harmoniosa compensação entre trabalho e descanso, vigília e sono, além de uma alimentação variada e equilibrada, sem exageros de qualquer espécie. Rigorosa atividade para o corpo é condição básica, imprescindível, para mantê-lo como um instrumento sadio e afiado do espírito aqui na Terra, desde que não seja através de esporte, que é uma prática antinatural e danosa (bit.ly/2wyhaLw). Acaso alguém já viu um animal praticando esporte por vontade própria?…
Em relação à alma, cabe essa constatação do grande monge Pelágio (bit.ly/29rqUyE), do século IV da nossa era: “Cada cristão tem de ser o mestre artesão da sua própria alma”. É nesse sentido que se pode dizer que o espírito molda o corpo, pois a vontade espiritual – o coração do homem – traz em si a força para moldar a alma de matéria fina, conforme indica bem claramente o livro do Eclesiástico: “É o coração do homem que modela o seu rosto, quer para o bem, quer para o mal” (Eclo13:31). Se o coração estiver voltado exclusivamente para o bem, a alma se tornará belíssima. A alma sempre evidenciará a real vontade do espírito. Pode trazer em si tanto as horríveis marcas de vícios e pendores, como os maravilhosos adornos das virtudes. Desse modo, a alma pode mostrar-se pavorosamente feia, escura, densa e pesada, ou esplendorosamente bonita, leve, resplandecente e luminosa (on.fb.me/1e9K74T). Uma alma bela é a melhor garantia de saúde para o corpo, pois a quase totalidade das doenças de hoje têm fundo anímico.
Por fim, o espírito. Além de moldar a alma, ele próprio também se mostra belo ou feio, bem proporcionado ou deformado, segundo a espécie de sua própria vontade. O espírito é o próprio ser humano, aquilo que ele sente como o seu “eu”. O espírito que procura ajustar-se às leis primordiais da Criação em que vive, evoluindo dentro do mais rigoroso equilíbrio entre o dar e o receber, torna-se cada vez mais belo, até transfigurar-se, por fim, numa cópia das imagens de Deus. Nesse processo de desenvolvimento, suas intuições puras se elevam cada vez mais, até se ancorarem na pátria espiritual. De lá, elas o sustêm e o fortalecem em seu percurso ascensional pelos vários planos da obra da Criação. Ele serve a Luz naturalmente com essa sua atividade alegre, e dela recebe forças para prosseguir no desenvolvimento. Esse é o caminho dos bem-aventurados, que com disposição certa e empenho permanente serão capazes de alcançar o alvo máximo destinado ao espírito humano: a coroa da vida eterna. Sobre isso, diz Abdruschin em sua Mensagem do Graal, a obra “Na Luz da Verdade” (bit.ly/Mensagem-OGT):
“Também a respeito da bem-aventurança todos os seres humanos fizeram até agora uma ideia errada. Ela reside tão só na radiante alegria do trabalho abençoado, e não acaso na inatividade preguiçosa e nos prazeres ou como, de modo astuto, o errado é acobertado com a expressão ‘dolce far niente’.
Por esse motivo também chamo muitas vezes o Paraíso humano de ‘luminoso reino da jubilosa atuação’!
O espírito humano não pode receber a bem-aventurança de maneira diferente do que em alegre atividade para a Luz! Tão só nisso lhe é, finalmente, outorgada a coroa da vida eterna, que garante ao espírito humano poder colaborar eternamente no circular da Criação, sem perigo de cair na decomposição como inútil pedra de construção.”
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)