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“Desculpe-me pelo atraso, estou numa correria!” “Minha vida está um tumulto, não tenho tempo para nada!” “Ah, precisava que os dias tivessem 48 horas!” Quem nunca ouviu frases assim? Quem nunca disse algo semelhante?
A vida atual parece um trem desgovernado correndo a toda velocidade. Acordamos com um sem-número de afazeres listados e vamos dormir já pensando no que teremos de fazer no dia seguinte, o que é maneira mais eficaz de ter uma péssima noite de sono.
Corremos, corremos e corremos, e a saúde só piora, piora e piora, e nunca chegamos a lugar algum. Nem poderia ser diferente, porque toda essa atividade frenética sem nenhum objetivo nobre, sem qualquer norte claro, não está absolutamente em conformidade com a indesviável Lei do Movimento (bit.ly/2BzreXZ). Pelo contrário, é um sinal de sono do espírito.
Nem se diga que por detrás de todo esse alvoroço estão, sim, elevados propósitos, já que se busca melhorar as condições de vida da família ou de pessoas próximas. Esse argumento é apenas uma consideração do raciocínio, que deseja permanecer no trono usurpado de dirigente da vida humana, e não quer que o espírito abaixo dele, enclausurado e manietado, ainda possa se manifestar (bit.ly/2O6cKax).
Se em alguns o espírito, apesar de tudo, ainda consegue se evidenciar, por meio da já quase inaudível voz da intuição, então a respectiva pessoa sente um certo desconforto em meio a toda essa balbúrdia. Sente que está desperdiçando seu tempo, que está malbaratando sua vida terrena, ao invés de buscar a evolução e o aprimoramento do espírito.
Para esses poucos que foram agraciados com tal desconforto, segue um parágrafo da obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin (bit.ly/Mensagem-OGT):
“Somente a mais condenável irreflexão pode supor que a finalidade da existência do ser humano consista, principalmente, na correria com vistas à obtenção das necessidades e dos prazeres corpóreos, para, finalmente, mediante algum gesto externo e bonitas palavras, deixar se libertar calmamente de toda a culpa e das consequências de suas negligências indolentes na vida terrena. O percurso pela vida terrena e o passo para o Além, por ocasião da morte, não são como uma viagem cotidiana para a qual se compra a passagem apenas no último momento.”
Para ser vivida em plenitude, a vida terrena precisa ter um alvo elevado, precisa ter uma meta grandiosa, sublime, e esta só pode ser espiritual, não terrenal (on.fb.me/1DyvX3X). Abdruschin aborda esse ponto na mesma obra:
“É dever sagrado do espírito humano pesquisar por que se encontra na Terra, ou por que motivo vive nesta Criação, à qual se encontra ligado por milhares de fios. Nenhum ser humano se tem em conta de tão insignificante, para crer que sua existência fosse sem finalidade, se ele mesmo assim não a tornasse.”
Ninguém deve negligenciar suas atividades terrenas sem acarretar danos para si e seu ambiente, pois isso seria um novo desleixo, mas elas não devem consistir na finalidade última da vida, não devem ser o ponto central de seus pensamentos e de seu anseio de alma.
Por outro lado, a aspiração genuína de descobrir, por si mesmo, as respostas às questões primordiais da vida é um indicativo de verdadeiro movimento espiritual. Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Qual o propósito de minha existência? Quem se movimentar sinceramente na busca da solução dessas questões primordiais, acabará também por encontrar as respostas, tal como prometido pelo maior de todos os Mestres (on.fb.me/1RvTZnx). E com essas perguntas resolvidas, a pessoa não poderá fazer outra coisa do que procurar viver em irrestrita conformidade com a vontade de seu Criador, que se manifesta neste mundo através de leis inflexíveis (on.fb.me/1MkBS4L), que ele reconhece com facilidade.
Sua vida passa assim a ter um real propósito, vivida com gratidão e alegria, inclusive no cumprimento de todos os afazeres terrenos.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)
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