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“Parabéns, você é um vencedor! Já nasceu com essa condição. Para ser o que é, ganhou a primeira e a mais importante competição de toda a sua existência, uma disputa mais concorrida do que qualquer vestibular. Você contrariou estatísticas, desafiou regras matemáticas de probabilidade e zombou da sorte. Derrotou outros 300 milhões de concorrentes.”
Esse o início de um dos muitos artigos que enaltecem o fato de você ter nascido. Segundo essa ideia, a chance de isso ter ocorrido era ínfima, já que somente um único espermatozoide do seu pai – justamente o que lhe deu origem – conseguiu vencer a competição com centenas de milhões de concorrentes e chegar primeiro até o óvulo de sua mãe. As moléculas de DNA daquele espermatozoide específico, misturadas ao DNA do óvulo, compuseram as instruções para fabricá-lo. Se por acaso ele não tivesse vencido aquela estafante corrida de obstáculos, você simplesmente não existiria.
Um pensamento espantoso, sem dúvida, caso correspondesse à realidade. Mas não é assim. Se um outro espermatozoide tivesse chegado antes até o óvulo, você existiria da mesma forma. Continuaria sendo você, inclusive com a mesma predisposição genética, idêntico temperamento, virtudes e vícios, e tantas outras características que determinam um ser humano completo. Claro que podemos considerar que foi o espermatozoide “mais forte”, ou o “mais apto”, que venceu a corrida, mas se os que chegaram na sequência tivessem sido os ganhadores, não faria a menor diferença. Pelo menos não para você.
Isso porque você não é propriamente o corpo que carrega, mas sim um espírito que nele encarnou, que foi atraído para uma determinada família, em obediência a vários aspectos definidos pela Lei de Atração da Igual Espécie (bit.ly/LQ15701) e pela Lei da Reciprocidade (bit.ly/LQ15603). Você será sempre você, pois a alma é sempre a mesma em cada encarnação. Continuaria a ser você, mesmo se o seu corpo tivesse sido formado pela junção de outro espermatozoide paterno ao óvulo materno – os “zigotos”. O corpo físico é, portanto, apenas um invólucro, um manto que o espírito veste para poder atuar no mundo material.
O “sentimento do eu”, aliás, também não provém do corpo físico, mas única e exclusivamente do próprio espírito (on.fb.me/1ZtvIBJ). E esse espírito singular é muitas vezes atraído para a encarnação pela própria mãe, em razão dos fios previamente existentes entre esses dois seres humanos, tecidos em outras vidas. Essa é também a razão de as chamadas “mães de aluguel” frequentemente não quererem se desfazer do bebê a que deram à luz. Pois mesmo que o embrião em seu ventre tenha sido formado sem a sua cooperação, o espírito humano que nele encarnou bem pode ter, sim, fortes ligações com ela própria, sendo por conseguinte seu filho efetivamente (bit.ly/2TL62EC).
O resultado da corrida dos espermatozoides em direção ao óvulo é, pois, completamente irrelevante para a vida a ser gestada no ventre materno. Na verdade, quando acordamos para essa vida terrena é que começa a verdadeira corrida de obstáculos. Obstáculos que frequentemente geramos em outras vidas e que fatalmente se manifestarão nesta mais cedo ou mais tarde, para que os reconheçamos e os suplantemos, tais como a vaidade, o egoísmo, a prepotência, a indolência espiritual… Isso, sem falar nos que, por descuido, ainda geramos na vida atual… Todos eles compõem os muitos obstáculos que devemos sobrepujar, se quisermos realmente ser vencedores na corrida da vida. Vencedores de nós mesmos, de nossos erros e falhas, para podermos prosseguir no caminho ascendente da evolução espiritual.
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