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A imagem é bem conhecida. Na época da colheita, o ceifeiro separa o joio do trigo, lança o primeiro ao fogo e guarda cuidadosamente o segundo. Uma alegoria do processo de remate do Juízo Final (bit.ly/38zrYdE).
Sobre esse processo de separação do joio do trigo, diz Abdruschin em sua Mensagem do Graal, a obra “Na Luz da Verdade” (bit.ly/Mensagem-OGT):
“Enquanto a semeadura se desenvolve e vagarosamente amadurece para a safra, muitos grãos se perdem. Não vingam, isto é, não desenvolveram suas faculdades mais elevadas, antes apodreceram ou secaram, devendo perder-se na matéria. Aqueles, porém, que vingaram e saíram do solo, serão examinados rigorosamente por ocasião da colheita, as espigas vazias separadas das espigas cheias. Após a colheita será mais uma vez o joio separado do trigo, cuidadosamente.”
Quem já parou para refletir nessa separação, há de ter relacionado o joio apenas àquelas pessoas muito más, capazes de atrocidades inomináveis, em suma, criminosos irrecuperáveis. Errado não é, pois essas criaturas de fato nem pertencem a essa Terra, e não deveriam estar aqui. Mas a conceituação de joio é muito mais abrangente. Engloba todos os seres humanos que desenvolveram sua personalidade em sentido errado, de modo contrário às leis que governam a Criação, portanto contrário à própria vontade do Criador. Terão de perdê-la novamente, por ser impossível edificar algo de útil com ela.
São aquelas pessoas que deixaram seu espírito dormir em indolente comodismo por milênios a fio, e que mesmo com todas as advertências da vida, com todos os graves retornos cármicos, não se animaram a movimentar-se espiritualmente. É a mesma imagem daquele servo inútil da parábola dos talentos, que ao invés de aplicar a dádiva recebida e fazê-la render frutos em abundância, preferiu enterrá-la (on.fb.me/1b1XenR). O joio é, pois, o conjunto de criaturas humanas que preferiram permanecer dormindo, até o ponto em que seu espírito absolutamente não pode mais acordar, visto já ter mergulhado no sono da morte. São ainda aqueles que só acreditam na matéria e só enxergam valor em coisas terrenas adstritas ao espaço e ao tempo, nada querendo saber do que se encontra acima do âmbito material, portanto da vida real.
Há, porém, uma classe de espíritos sonolentos que ainda não se tornaram joio, embora também não possam ser considerados trigo. Estão num momento de decisão de toda sua existência até aqui, que abrange várias vidas, tanto no Aquém como no Além. As dores e sofrimentos que os atingem são, por conseguinte, um ato de graças do amor divino, que não quer que eles se percam, mas sim que acordem em tempo e tomem o caminho da ascensão espiritual. São esses os que correspondem à imagem da parábola do filho pródigo, do filho perdido que reviveu, e que por essa razão desencadeia alegria no céu (bit.ly/2j5RHDl) por ocasião de sua regeneração.
Por isso é mais do que hora de finalmente fazermos movimentar o nosso espírito, aparentemente tão cansado. De procurarmos conhecer e reconhecer as leis do Universo, que trazem em si a vontade do Onipotente, e, sobretudo, de viver irrestritamente em conformidade com essas leis. Pois viver de acordo com a vontade de Deus é a chave para a obtenção da vida eterna. É o milagre que pode fazer um quase joio virar trigo, e com isso poder subsistir no atual processo de depuração universal. Diz ainda Abdruschin na sua Mensagem do Graal:
“Hoje, contudo, estamos finalmente perto da hora em que surgirá o próximo grande período na Criação, que será de progresso incondicional e trará o que já o primeiro período com a encarnação do ser humano deveria trazer: o nascimento do ser humano pleno e espiritualizado! Desse ser humano que atua favorecendo e enobrecendo toda a Criação de matéria grosseira, como é a verdadeira finalidade dos seres humanos na Terra.
Então não haverá mais lugar para o materialista acorrentado somente a conceitos terrenos de espaço e tempo, retendo tudo embaixo. Será um estranho em todos os países, um apátrida. Secará e desaparecerá como o joio que se separa do trigo. Atentai para que não vos encontreis demasiado leves nessa separação!”
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)
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