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Sonhos durante o sono não são devaneios da mente, mas resquícios de vivências da alma em seus caminhos no mundo mais próximo do plano físico da Terra, comumente denominado “plano astral”. Tratando-se de uma pessoa boa, a alma colhe experiências edificantes nesse mundo astral, enquanto seu corpo terreno dorme.
As Escrituras, aliás, são pródigas em relatos significativos sobre sonhos. Em relação às pessoas boas, por exemplo, a Bíblia diz que recebem durante o sono: “Deus dá aos Seus amados até durante o sono” (Sl127:2); “Quando cai o sono profundo sobre os homens, então o Senhor lhes abre os ouvidos e lhes sela a Sua instrução” (Jó33:15,16). Somente esse tipo de sonho, aliás, deve merecer atenção: “Se eles [os sonhos] não foram enviados pelo Altíssimo, não lhes dê atenção” (Eclo34:6). Em relação a Moisés, o Senhor já havia prometido que se entre o povo houvesse um profeta, ele “se revelaria em visões e lhe falaria em sonhos” (cf. Nm12:6). E o grande profeta Daniel tornou-se a confirmação dessa promessa, pois teve suas visões apocalípticas enquanto dormia (cf. Dn7:1).
Infelizmente, nos dias que correm é cada vez mais difícil receber instruções ou advertências pelos sonhos, pois quase sempre eles se mostram como uma barafunda de imagens e enredos sem sentido. Os sonhos confusos atuais decorrem em grande parte dos muitos e muitos pensamentos desnecessários que geramos constantemente, os quais acabam se misturando com as lembranças legítimas vividas pela alma no mundo astral. Essa é mais uma das consequências nefastas do pecado hereditário, que se evidencia pelo desenvolvimento exagerado do cérebro anterior (on.fb.me/1MDTw3A). Abdruschin esclarece esse ponto na obra Na Luz da Verdade – a Mensagem do Graal (bit.ly/Mensagem-OGT):
“Outra consequência desse pecado hereditário é a confusão dos sonhos! Por esse motivo, as pessoas hoje não podem mais dar aos sonhos aquele valor que lhes caberia, propriamente. O cerebelo normal transmitiria os sonhos, influenciado pelo espírito, de maneira clara e inconfundível. Quer dizer, nem seriam sonhos, mas vivências do espírito acolhidas e retransmitidas pelo cerebelo, enquanto o cérebro anterior repousa em sono. A atual força dominadora do cérebro anterior ou diurno, porém, exerce também durante a noite sua influência, irradiando sobre o sensível cérebro posterior. Este, em seu enfraquecido estado atual, acolhe as fortes irradiações do cérebro anterior, simultaneamente com as vivências do espírito, originando-se assim uma mistura semelhante à exposição dupla duma chapa fotográfica. Isso resulta, então, nos sonhos confusos atuais.”
Um ou outro, aqui e acolá, ainda consegue receber ocasionalmente avisos e ensinamentos parciais por meio de sonhos. São sonhos especiais, raros, facilmente reconhecíveis e muito diferentes das confusões oníricas de todas as noites. Cenas marcantes de sonhos sem conversas, semelhantes a quadros sem palavras, devem ser consideradas com especial atenção, porque podem fornecer indicações importantes para uma dada situação da vida.
Ressalte-se, porém, que as ricas vivências que uma pessoa tem no mundo astral enquanto dorme nada têm a ver com as chamadas “viagens astrais conscientes”, que são procedimentos forçados e antinaturais. É bom ficar afastado disso, como é bom ficar longe de todo e qualquer aprendizado místico-ocultista.
No futuro, quando o ser humano reaprender a utilizar direito o seu instrumento de aprendizado na Terra – o cérebro, ferramenta atualmente tão desregulada, os sonhos voltarão a ser claros e nítidos como eram em tempos remotos, nos primórdios do desenvolvimento humano.
(Conheça as obras publicadas pela Ordem do Graal na Terra. Acesse: bit.ly/livros-OGT.)
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