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Algumas passagens bíblicas trazem uma exortação um tanto singular: a da necessidade de retirar o calçado antes de se adentrar num determinado local, denominado “solo sagrado” (Cf. Ex3:5, Js5:15, At7:33).
A impressão que se tem é de que existiriam na Terra um ou mais lugares previamente sagrados, e que por isso, em atitude de respeito, deve-se tirar os sapatos antes de neles entrar. Os muçulmanos, particularmente, já há muito aplicam essa regra para os visitantes de suas mesquitas.
Contudo, é preciso fazer uma distinção. Um determinado lugar não se torna sagrado somente porque assim foi determinado. São as pessoas que o frequentam é que devem, mediante sua vida interior pura, e sua vida exterior exemplar, tonar sagrado o solo. Desse modo, e apenas desse modo, os locais de culto tornam-se realmente sacralizados, quer se trate de templos, igrejas, sinagogas, mesquitas, ou qualquer outro local ou região relevante para uma determinada doutrina.
Todos aqueles que cuidam de emitir apenas pensamentos puros, intuições límpidas e palavras construtivas, assim como de promover ações nobres, demonstram naturalmente um profundo respeito pelos ensinamentos valiosos de suas crenças e, realmente, retiram seus calçados simbolicamente quando entram no espaço em que aqueles preceitos são ministrados. Com isso, o solo desses ambientes se torna sagrado (bit.ly/2TMYqUY).
Já os que apenas cumprem mecanicamente os rituais de suas crenças, sem todavia trazer em si a necessária pureza interior, nem o anseio de evoluir espiritualmente de forma contínua, tais como os fariseus do tempo de Jesus, esses conspurcam os locais que deveriam tornar-se e conservar-se sempre sagrados. Em razão disso, tais locais não poderão ser fontes vivas de aperfeiçoamento espiritual, porque seus próprios frequentadores optaram por continuar dormindo espiritualmente.
Por fim, o que realmente conta do ponto de vista da Luz é a pureza interior do respectivo ser humano e sua disposição em movimentar-se para cima, no sentido da permanente evolução espiritual. Se a parte da fé que ele assimilou não contém falsidades, se não está em oposição às leis da Criação, se não lhe impõe nenhum dogma, então ela se torna um instrumento útil para que ele possa atingir esse objetivo supremo da vida. Todos os ensinamentos que contêm em si a Verdade, e apenas esses, constituem indicadores preciosos no caminho da ascensão do espírito, o qual, pela disposição interior do peregrino, também se torna sagrado.
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