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Cismar continuamente a respeito de si próprio, seja sobre virtudes ou defeitos, não é o caminho certo para a evolução espiritual. Pois com isso a pessoa dirige seu olhar sempre apenas para si mesma, procurando dissecar continuamente o que vai em sua alma, ao invés de direcioná-lo alegremente para um alvo puro e elevado. O esforço em eliminar nossos erros e falhas deve, sim, ser permanente, mas como resultado natural de uma vontade interior orientada sempre no sentido do bem, e não como um efeito forçado de análises intelectivas (bit.ly/3EzN4Z7).
Segue trecho da dissertação “Cismadores”, extraído da obra Na Luz da Verdade – a Mensagem do Graal de Abdruschin (bit.ly/Mensagem-OGT):
“O verdadeiro núcleo do constante cismar não é, outrossim, uma vontade boa, mas tão só vaidade, ambição e presunção! Não é saudade pura da Luz, mas sim mania de autopresunção, que dá o motivo para o cismar, incentivando-o sempre de novo e nutrindo-o continuamente!
Atormentando-se a si mesma, uma tal pessoa medita sempre e sempre de novo a seu próprio respeito, observa com afinco os prós e os contras que se alternam no processo de sua alma, irrita-se, consola-se, para finalmente, com um profundo suspiro de repousante autossatisfação, verificar ela mesma que mais uma vez conseguiu ‘superar’ algo, tendo avançado mais um passo. Digo aqui, propositalmente, ‘verificar ela mesma’, pois realmente só ela verificará a maior parte, e essas verificações próprias são sempre apenas autoilusões. Na realidade não progrediu passo algum, pelo contrário, comete sempre de novo os mesmos erros, não obstante julgar que não sejam mais os mesmos. Mas são eles, sempre os antigos, apenas se altera a forma.
Assim, tal pessoa jamais progride. Contudo, com a auto-observação julga superar um erro após o outro. Com isso gira sempre em círculo em redor de si própria, enquanto o mal fundamental, nela inerente, cria apenas novas formas, permanentemente.”
Procuremos, pois, agir de modo correto em todas as situações, mas na intuição, como consequência do impulso ascendente do espírito, e não por conta de cansativos diagnósticos do raciocínio. Atuar de modo justo sempre, independentemente de estarmos ou não sendo observados, de nossas ações poderem ou não tornar-se conhecidas pelos que nos rodeiam. Desse modo também eliminaremos no nascedouro, de modo simples e natural, qualquer tendência de surgimento de uma nova falha, enquanto que as antigas se extinguirão por si mesmas, por não encontrarem mais nenhum ponto de ancoragem numa alma que se torna cada vez mais purificada e luminosa (bit.ly/3f5XhjR).
Em outras palavras: Aquele que procura manter sempre pura sua vontade interior, ou vontade intuitiva, torna-se naturalmente grato pela dádiva da vida, e com isso também se torna preenchido, como consequência natural, de uma alegria genuína. Essa permanente afirmação de vida é o melhor meio para se reconhecer as falhas ainda existentes e eliminá-las por completo rapidamente.
Roberto C. P. Junior
(instagram.com/robpucci/)
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